Volta Redonda entra na campanha de cadastro de doadores de medula óssea

No sábado, 19 de maio, uma equipe do Hemorio se deslocou do Rio de janeiro para Volta Redonda para auxiliar os doadores da cidade, principalmente os participantes da campanha “DOEMEDULAPRORAFA”, que foi lançada pelo Facebook em janeiro e já conseguiu mobilizar cerca de 400 pessoas. A ação aconteceu no Centro de Prevenção à Saúde do Idoso da Associação dos Aposentado e Pensionista de Volta Redonda (AAP-VR), na Rua 535, nº 835, Jardim Paraíba, entre 8 e 16 horas. 

O dia de coleta foi considerado uma conquista, principalmente para Larissa de Oliveira Morais Dias, mãe do pequeno Rafael, de 10 meses de idade, que tem a Síndrome de Wiskott Aldrich e necessita do transplante de medula óssea. A família mora no bairro São Lucas, em Volta Redonda.

“Lançamos uma campanha pelo Facebook em janeiro de 2018 e conseguimos mobilizar cerca de 400 pessoas para entrarem no cadastro do Redome, mas entendemos a dificuldade da maioria em se deslocar até o Rio de Janeiro”,disse. 

Ela acrescentou que a única cura para a doença do filho é um transplante de medula óssea e a chance de encontrar um doador compatível é pequena, de 1 a cada 100 mil pessoas. “Para o Rafa, e todas as pessoas que precisam de um transplante, basta uma pessoa compatível. É importante que todos compareçam, pois quanto mais pessoas se cadastrarem, maiores as chances de encontrar um doador. É um gesto simples que pode salvar uma vida”, comentou. 

Na verdade, a campanha está agraciando três pessoas, pois além do Rafael, Caio Cesar Abranches, 28 anos, que foi diagnosticado com câncer no sistema linfático com infiltração na medula e Renato Campos, com 32 anos, também necessitam urgentemente da doação de medula, pois estão em tratamento de saúde.

A vinda do Hemorio à Volta Redonda para um dia de captação de Medula Óssea se deve muito ao trabalho do vereador Paulinho do Raio-X, um dos responsáveis por organizar a campanha, que há 3 meses tem ido ao Rio constantemente pra levar voluntários para coleta de sangue para o REDOME (Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea. Mas ele não estava sozinho, pois teve uma boa ajuda do Deputado Estadual Gustavo Tutuca e do ex-Secretário estadual de Saúde, Dr. Luiz Antônio Teixeira Junior. 

Foram feitas coletas em mais de mil pessoas que foram ao local. A repercussão surpreendeu até mesmo a familiares de pessoas que precisam de transplante. 

Para se tornar um doador de medula óssea é necessário ter entre 18 e 54 anos de idade, não ter doença infecciosa ou incapacitante, não apresentar câncer, doença hematológica ou do sistema imunológico.

Carlos DeAraújo

Jornalista

Brasil